segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dos festivais de Verão

De sexta-feira, dia 3, a domingo, deste mês de Julho, decorreu no Alto da Ajuda, em Lisboa, o Festival Delta-Tejo que já se afirmou como um maiores festivais de Verão que se realizam de Norte a Sul de Portugal. A empresa que o promove está sediada em Campo Maior e é administrada por pessoas assumidamente campomaiorenses e que têm demonstrado, desde há muito, grande interesse pelo desenvolvimento da sua terra,
Um conflito latente entre os representantes do poder autárquico e dessa empresa tem gerado condições difíceis de colaboração que muito têm prejudicado o progresso do concelho.
Se nos pomos a pensar nos festivais de Verão que se realizam por esse país fora dos grandes centros que são Lisboa e Porto, encontramos eventos musicais de projecção a nível regional ou nacional em terras do interior. Sem especificar mais, consideremos apenas no Alentejo interior os exemplos do Crato e da Vidigueira.
E, uma pergunta nos surge em mente:
- Com os recursos que se podiam mobilizar em Campo Maior, não seria possível fazer também aqui, na vila, um festival que se projectasse para o exterior?
Gasta-se grosso dinheiro a contratar artistas de gabarito e de elevado custo para realizar um chamado Festival da Juventude, cuja fama mal chega até ao Caia. A sua projecção é tão pequena que, no presente ano, reduziram para menos de metade o espaço onde se tinha realizado nos últimos anos. É assim: em Campo Maior pensa-se pequeno, pensa-se em termos pessoais para apenas se garantirem as vantagens medíocres de conseguir algum apoio que garanta algum poder a algumas pessoas. Pobre terra que tem gente assim a comandar-lhe o destino!

8 comentários:

CampoMaiorense disse...

Bom dia.
Sexta-feira dia 3 e não 4
Ja agora vejam quem actuou
http://www.festivaisverao.com/Festivais/delta-tejo-2009.html
Uma boa semana para todos

Gavião disse...

Agradeço a correcção da data, a qual já foi alterada.

Jota disse...

Como querem voces um Festival de Verão em Campo Maior???
Isso era de loucos!
Não devem imaginar os custos que seriam necessários para atrair, até Campo Maior, bandas e músicos de grande qualidade. O problema também não é so esse, Campo Maior não tem infra-estruturas suficientes para que se realize algo como um festival de verão.
Deixemo-nos estar com a Festa da Juventude que é muito boa para a nossa terra e não me venham com tretas de que em Campo Maior é sempre a mesma coisa, nunca há nada.
Quanto ao Crato, eles gastam todo o seu dinheiro para actividades culturais nessa semana e em Campo Maior gasta-se para muitas mais coisas. Há que apostar na diversidade.
Cumprimentos

ET disse...

O comentário do sr. Jota faz-me lembrar a história da pescadinha de rabo na boca:
- Não pode haver grandes realizações em Campo Maior porque não há infraestruturas que lhe sirvam de suporte.
- Nunca poderá haver infraestruturas em Campo Maior porque não haveria gente para as utilizar.
Então em que ficamos?
Autisticamente condenados a estarmos isolados sobre nós próprios, contentinhos com o que temos, felizes com o que somos, sem termos bem consciência de que somos tão pouco e de que estamos para sempre condenados a assim permanecermos.
Chama-se a isto curteza de ideias, falta de visão e incapacidade para conceber e desenvolver projectos que rompam com esta fatalidade.
Afinal, parece que acabamos por ter os políticos e gestores autárquicos que grande parte dos campomaiorenses merece ter.
Percebe agora senhor Jota porque deixamos de ter capacidade para realizar essa espantosa manifestação que se chamava FESTAS DO POVO?
Vê, por falta de infraestruturas!
E porquê? Porque o poder local nunca teve a visão necessária para criar as condições para que eles se mantivessem.
Sabe? Tenho quase problemas de consciência por lhe estar a escrever isto. No fundo, você está melhor assim, contentinho com essas festinhas que o vão entretendo ao longo do ano.

Zé Maria disse...

Então esse senhor que assinou como Jota tem as ideias embotadas ou quê?
Afinal, um festival de verão em Campo Maior era de loucos?
Esse senhor ignora que, em Campo Maior, já se realizou muitas vezes um dos maiores festivais de verão, quer a nível do Alentejo, quer a nível nacional?
Quantas pessoas e de quantas nacionalidades passaram por Campo Maior nos anos em que se realizaram as Festas do Povo? Foram muitos milhares, muitos mais do que qualquer festival musical.
Imagine que se tinha aproveitado essa poderosa tradição de cultura popular para se criarem as infraestruturas que a sustentassem. Mas que fizeram os responsáveis pelo poder local? Limitaram-se a deixar tudo às costas do povo ou de particulares que assumiram completamente os encargos. Limitaram-se também a aparecer ao lado das figuras notáveis, para serem vistos, fotografados e filmados para parecerem pessoas importantes.
Você por acaso sabe que os responsáveis autárquicos do Crato que assumem totalmente a organização do Festival, o fazem com tanta competência que ele se autofinancia, sem pesar no orçamento do município? Além disso, já imaginou os benefícios que daí advêm para a economia do Crato?
Pois é, há uma grande diferença entre ser competente a gerir ou gerir para obter vantagens eleitorais à custa do contentamento dos que, como o Jota, se satisfazem com tão pouco.

Joaquina disse...

Ele há cada uma!
Então Campo Maior não pode fazer uma grande festa de verão?
Não pode, não! Não pode porque a Câmara não quer. Anda a fingir que quer para ganhar votos, mas não quer.
Vocês aproveitem e vão este ano às festas do Redondo e logo vêem como uma câmara quando quer faz sem estar à espera que as coisas apareçam feitas.
Vocês vão ver com por aqui vão prometer que as fazem e depois quando já não houver eleições fica tudo na mesma.

carlos disse...

Na nossa terra é-se preso por ter cão e preso por não ter.

Há uns anos tivemos cá um Festival de Verão sim senhor! Um pouco sui genris, mas um Festival.
Foi o Boom Festival de musica electrónica.

Vozes se levantaram a dizer cobras e lagartos daquela gente, daquela musica, das drogas, do lixo,e eu sei lá que mais.

O certo é que passados 2 anos o amigo Rondão, aproveitando que a vizinhança é esquisita, distinta e muito selectiva... não se fez rogado e levou o Festival para Elvas (Vila Fernando).
Quando uns não querem...

Anónimo disse...

Pois é Carlos: uma política acirrada de contra-cultura tem os seus efeitos nas mentalidades, nos comportamentos e nos gostos ...