sábado, 16 de maio de 2009

Da justiça em Portugal II

Mário Soares, Diário de Notícias, 14 de Abril de 2009



"A justiça vai mal. Posso mesmo dizer, sem exagero, muito mal. (...) Os processos eternizam-se, as fugas de informação vindas dos inquiridores (Ministério Público ou Polícia Judiciária, donde poderia vir, além deles?) são mais do que muitas, fazendo-se julgamentos na praça pública, de que ninguém está livre, baseados em boatos, rumores ou falsas informações sem que ningué pareça ter força para pôr termo a uma situação deletéria, que envenena o país e destrói as instituições que nos regem.

É preciso dizer basta! (...) É uma situação que desacredita profundamente a magistratura do Ministério Público e a Polícia Judiciária, bem como os órgãos da comunicação social que se façam eco de boatos e fugas de informação sem consistência ou de campanhas que tenham por objectivo destruir adversários políticos. Basta! Repito. São erros que se pagam caro. Se não há provas, digam-no. Se há, apresentem-nas no tribunal respectivo, em tempo oportuno. Mas não arrastem os processos meses e meses, envenenando as populações com as piores suspeitas. É um descrédito para a Justiça e para o País com reflexos negativos na própria crise que atravessamos. (...) Uma vergonha nacional!"

4 comentários:

Anónimo disse...

É tão fantástica a censura que certas pessoas exercem através do poder político de que podem dispor e que lhes deu a possibilidade de constituirem uma rede terível de "bufos", que, devido à chantagem, à ameaça e à pressão, têm conseguido ir calando sucessivamente os blogs de Campo Maior.
Hoje foi mais um: o "Ó mê belo campomaiore". Não era grande coisa, sobretudo nesta segunda fase da sua existência. Mas, era um forum de expressão livre com muitos exageros e muito má qualidade das mensagens.Paz à sua alma.
Será que o mesmas criaturas, principalmente a mesma Dona que fez abortar os outros vão também silenciar este?
Espero que tomem as cautelas necessárias para que tal não aconteça.
E, por favor, controlem os comentários, não com intenções de censura mas para manter uma certa qualidade, bom nível moral e qualidade das mensagens. Porque é de toda a justiça que, quem utiliza mal a liberdade de expressão não possa ofender com as suas atitudes essa mesma liberdade.
Desejo-vos longa vida, longe das garras da repressão, para bem de todos nós.
E, continuemos anónimos para garantirmos a nossa liberdade.

Mais um que desconfia disse...

Não sei como foi mas lá que é estranho que as pessoas dos blogs vão desaparecendo, agora que com as eleições as coisas vão aquecer lá isso é. este blog que agora bloqueou até estava a ser muito mal organizado. Mas o problema eram os comentários que não estvam a ser nada favoráveis a certa gente. e que o estilo dessas criaturas tem algo de mafioso lá isso tem. qaundo não serve os seus interesses só não põem rolha se não podem.
Será que por aqui também vão conseguir? Espero bem que não.

Zé Grilo disse...

O texto de Mário Soares é um retrato fiel do estado da justiça em Portugal. Por mais desculpas que procurem dar, tribunais, juízes e todos os magistrados têm fraca aceitação e gozam de escassa confiança para a grande maioria dos portugueses.
Quanto aos jornalistas é uma vergonha a maneira como muitos deles exercem uma profissão que já foi tão prestigiada.
Quanto ao que se passa a nível de certos políticos, sobretudo os que exercem cargos de relevo na administração local nem merece a pena falar. Quem vive cá pelas terras do interior bem sabe como a mediocridade e a incompetência se instalaram com todas as consequências que daí resultam.
Mas que podemos nós esperar se neste país ninguém fiscaliza ninguém? Logo cada um abusa quanto quer e faz como bem entende e mais lhe convém.
Se ao menos tivessemos um povo capaz de pôr cobro a isto derrotando nas eleições os que não servem senão para se "encherem".

Uma que foi lá espreitar disse...

Ó pessoal! Calma que afinal o "Ó mê belo" voltou.
Se calhar é o novo administrador do blog que é tão trapalhão que sem querer desligou aquela coisa.
Mas isso não tira razão aos receios e verdade às coisas que vocês escreveram. Essa gente era capaz disso e de muito mais.